2 de novembro de 2009

Chaves empata e Ricardo Formosinho abandona cargo de treinador

Ricardo Formosinho deixou o comando técnico do Desportivo de Chaves.

O Chaves evitou domingo mais uma derrota na Liga de Honra, ao empatar a um golo com o Freamunde, com Carlos Pinto a converter em cima do final, penálti, muito contestado, mas bem assinalado por Paulo Baptista.

Apesar de ser época de Santos e de os terem mesmo à porta, pois as imediações do Estádio Municipal estavam rodeadas de barracas, onde um pouco de tudo se vendia, ainda não foi desta que o Desportivo de Chaves somou a primeira vitória perante o seu público e continuam na última posição, com 7 pontos.

O jogo fica marcado por dois lances polémicos, curiosamente os lances que originaram os dois golos, mas o árbitro Paulo Baptista, analisou bem os dois. No golo do Freamunde os Flavienses reclamaram que a bola não chegou a ultrapassar a linha de golo e já em período de descontos, os jogadores do Freamunde protestaram muito, alegando que a falta que deu origem ao empate, fora cometida fora da área e não dentro. Paulo Batista e os seus pares estiveram bem nos dois lances.

O Chaves entrou melhor e nos primeiros minutos teve duas boas oportunidades, em remates de Lameirão e Bruno Ribeiro, com o guarda-redes Tó Ferreira a opor-se com competência.

Pensou-se que estavam lançados, até porque estava muito público na bancada, os dados para um bom jogo de futebol, mas o espectáculo caiu de produção e o que se assistiu foi a um mau jogo, de pontapé para o ar e de futebol atabalhoado sem qualquer fio de jogo ou ligação entre os sectores, não estranhando que à saída para o descanso os sócios e simpatizantes da turma da casa, não poupassem atletas e treinados das criticas.

Ainda antes do intervalo, Lameirão voltou a ser protagonista, desta vez porque interceptou um cruzamento com o joelho, desviando a bola para a própria baliza, com esta a bater no poste.
Na segunda parte, o Freamunde foi melhor, mas também aqui o bom futebol foi “Sol de pouca dura” e a pobredade do espectáculo voltou a reinar. Até ao golo o sinal mais foi dos forasteiros, com os flavienses a pressionarem depois.

Freamunde tinha-se adiantado no marcador, aos 71 minutos, por Bretinho, num lance em que os locais reclamaram que a bola, depois de uma serie de remates e bolas na trave, não entrou na baliza e este foi mesmo o lance do balde de água sobre o Chaves, que passou a jogar ainda mais desorientado e com o coração na boca.

Os lenços brancos a Ricardo Formosinho e os assobios não se fizeram esperar, mas Carlos Pinto acabou por salvar a equipa de uma humilhação ainda maior, quando converteu a penalidade e evitou a derrota da equipa.

Diga-se que apesar dos protestos dos jogadores e banco do Feamundo o árbitro ajuizou bem e Marco Tiago jogou mesmo deliberadamente a bola com a mão dentro da área de rigor.

O 1-1 não foi suficiente para o público flaviense que esta temporada passou a ser o único que ainda não viu a sua equipa jogar e o treinador, que não resistiu aos apupos, pediu a sua demissão no final

Sem Ricardo Formosinho no comando técnico, são já muitos os nomes falados, mas a única certeza é que quem está a trabalhar com a equipa são os adjuntos de Formosinho, que ficaram todos, e o “maestro” tem sido o professor Nuno Pinto.

Paulo Silva Reis ( Texto e Foto)

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