29 de dezembro de 2009

Carlos Guerra, treinador do Valpaços, em Entrevista

Carlos Guerra, treinador que chegou recentemente ao comando técnico do Valpaços, foi o entrevistado no programa “Grande Área” do passado sábado, falou das condições que possui no seu clube, e do seu afastamento temporário dos relvados.

Com uma grande carreira, tanto como treinador como jogador, Carlos Guerra estreou-se como técnico no Pedras Salgadas, aos 30 anos, sem que abandonasse a sua função como jogador. “Nessa época em que o Pedras militava na terceira divisão, o treinador que nos orientava tinha sido despedido, e foi aí que surgiu a oportunidade de, para além de dar o um contributo em campo, poder orientar a equipa”, referiu.

Depois, como treinador, esteve em diversos clubes como o Valpaços, Montalegre, Vilar de Perdizes, e ainda o Chaves, na função de adjunto. Alguns anos passados, retirou-se do Futebol por três épocas consecutivas, regressando, desta feita, ao clube onde se estreou exclusivamente como treinador: o Valpaços.

Apesar das críticas emitidas pelo anterior técnico, Zé Maria Silva, que afirmava não ter condições para exercer as suas funções, Carlos Guerra mostra-se satisfeito com a posição da direcção em relação ao seu cargo. “Posso dizer que possuo todas as condições que um treinador desejaria, e quer em questões de treino como em termos de jogadores, estamos muito satisfeitos”.

O técnico não hesitou em fazer mexidas no plantel assim que chegou, libertando cinco jogadores para entrarem mais seis. António, ex-Vila Real, Pedro, ex-júnior do Chaves, Rendeiro, Luís Carlos, guarda-redes, Hélio e Cavalo, ex-Mirandela, são os reforços que permitiram alcançar os objectivos do Valpaços, não descer de divisão.

Carlos Guerra debruçou-se ainda sobre outras questões que lhe causam algum desconforto, como o caso da falta de atenção que é dada a treinadores que orientam equipas “menos capazes”. “Ninguém fala de treinadores que lutam para não descerem, cujo trabalho é muito mais exigente do que treinar equipas de topo. Por essa razão, Quem ganha é falado, quem perde é esquecido”, realçou indignado.

Alimentando ainda a polémica das multas a técnicos dos diversos clubes da AFVR, o treinador do Valpaços mostrou-se insatisfeito, tendo em conta que as penas são exageradas comparativamente com os subsídios que recebem. “As multam são avultadas e os ordenados mínimos. Eu não estou a quer exigir uma subida de vencimento, mas sim uma diminuição das penalizações, que são nitidamente disposicionais. Quase pagamos para estar no Futebol e ainda estamos sujeitos a multas ridículas”, concluiu.

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