14 de julho de 2009

Entrevista a Henrique Monteiro, presidente da AAUTAD/Realfut

Henrique Monteiro, presidente da AAUTAD/Realfut, aceitou o convite do Noticias de Vila Real para uma grande entrevista após o regresso do clube ao primeiro escalão do futsal português, ao qual o Quinzenário Vilarealense e dada a colaboração existente com a RCA DESPORTO muito gentilmente a cedeu na integra.

NVR: Como viu a saída de Vínicius para o Belenenses?
Henrique Monteiro: O Vínicius era um jogador ambicionado por outros clubes. Como a AAUTAD/Realfut tem uma boa relação com o Belenenses, pediram-nos se havia possibilidade de o Vínicius ingressar no plantel. Nós falamos com o jogador que aceitou logo o convite, pois o belenenses é uma equipa com muita projecção que luta pelo título de campeão nacional e pela taça de Portugal.

NVR: Além de Vínicius, o Felipe Simas também deixou o plantel para ingressar no Boticas. Porquê?
HM: O Felipe Simas entrou nos quadros da AAUTAD/Realfut a três meses do final da época. O empresário dele quis aposta-lo no nosso campeonato e nós aceitamos sob a condição vir à experiência. No final da época, tínhamos que definir o futuro dele e como não tínhamos treinador, decidimos não prejudicar o atleta, e o seu empresário pôs-lhe no Boticas.

NVR: A AAUTAD/Realfut tem alguns reforços na agenda?
HM: Tudo depende do orçamento porque é em função disso que podemos construir o plantel. Estão-nos a oferecer muitos jogadores porque este clube ganhou muita notoriedade a nível nacional que o torna apetecível para quem queira representa-lo. Temos contactos com alguns jogadores de renome do nosso campeonato de futsal, mas não vamos falar sobre eles enquanto não tomarmos medidas relativamente ao orçamento.

NVR: O que está a faltar para definir o orçamento?
HM: Neste momento estão a faltar os patrocinadores. Não queremos pedir tudo ao Município porque não são obrigados a dar um orçamento na totalidade a um clube. Estamos em contacto com grandes empresas onde temos enviado projectos de marketing. Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas sinceramente, até ao momento não obtivemos resposta.

NVR: Para quando é que pensa apresentar o novo treinador?
HM: Penso apresentar o treinador até ao final deste mês. Só não adiantamos nomes porque a direcção da AAUTAD/Realfut gosta de trabalhar com certezas.

NVR: Para quando é que vai ser apresentado o plantel para a próxima época?
HM: Nós vamos estagiar duas semanas em Alijó e outras duas em Baião. Num desses estágios, vai ser apresentado o plantel para a época 2009/2010 onde já temos alguns jogos marcados, inclusive um triangular em Baião. Vamos jogar com o Freixieiro e com uma equipa da cidade anfitriã, no qual ainda não sabemos. Também aproveito para dizer que temos agendado um jogo com o Belenenses e mais outro jogo, embora não confirmado, que será com o Benfica na Mealhada, onde estão a fazer a pré-época.

NVR: O Jander foi um jogador que esteve em destaque na época passada. Teve algumas propostas para sair?
HM: Sim teve. O Jander falou connosco acerca disso, inclusive, um empresário do futsal que nos ligou a dizer que havia clubes interessados nos serviços dele. Marquei uma reunião com o Jander e ficou decidido que ficaria na AAUTAD/Realfut.

NVR: Em caso de uma boa época na primeira divisão, a AAUTAD/Realfut poderá ver sair alguns dos seus jogadores que vão querer atingir outros patamares. O que pensa sobre isso?
HM: A saída dos jogadores para grandes clubes, é sinónimo de bom trabalho e também fica na história. Financeiramente podemos não tirar proveito mas o clube fica com currículo por ter jogadores capazes de competir no escalão máximo do futsal.

NVR: O Brasil vai continuar a ser o alvo preferencial na prospecção do mercado?
HM : O mercado brasileiro vai continuar a ser uma aposta porque além de ter bons jogadores, são também mais baratos. Se nós fossemos buscar jogadores ao mercado português, custariam o triplo! A nossa política desportiva, se possível, é ter uma equipa só de portugueses. Neste momento, fruto da nossa formação, temos três jogadores, o Ivo Mota, o Carriço e o guarda-redes Carvalho. Além destes, também temos os jogadores estudantes como o Hélder Resende, o Paulo Duarte, o Cláudio etc. Ou seja, a maioria dos jogadores são estudantes. É uma aposta porque quando digo que estamos a representar uma academia e uma cidade, também estamos a apostar na formação local. Se pudermos ter só portugueses, com todo o respeito que tenho pelos estrangeiros, melhor, senão é normal a gente recorrer ao mercado brasileiro.

NVR: Para terminar, o que precisa o clube neste momento, a fim de começar bem a época que se aproxima?
HM: Temos muita falta de apoios, e se me perguntarem se eu procuro, eu digo que lutamos todos os dias. Só que é sempre a velha história, se antigamente estava mau, agora com esta crise, pior ainda.

In: Noticias de Vila Real

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