12 de janeiro de 2010

Jander, ex-jogador da AAUTAD/Realfut
“Foram os melhores anos da minha vida”

Com o plantel reduzido após a saída de Couves e Jander, a AAUTAD/Realfut tem em mãos a difícil tarefa de trabalhar com apenas sete atletas. Se após a saída de Edinho não se vislumbravam boas marés, com a partida de mais dois jogadores fundamentais, a missão dos “estudantes” parece cada vez mais impossível.
A RCA DESPORTO numa entrevista conjunta com o Quinzenario Regional NVR, estiveram à fala com Jander, jogador que agora representa o Fundão, clube que ocupa a sexta posição da 1ª Divisão de Futsal, e que aspira por um lugar na final-four. A difícil situação por que atravessa a AAUTAD/Realfut e a melhoria contratual que este iria auferir, foram duas razões essenciais para a saída do brasileiro.

“Na altura tinha duas propostas em vista, uma de um clube romeno, que não aceitei por questões familiares, e outra do Fundão, que me pareceu mais razoável. Acabei por aceitar a última e estou feliz com a minha escolha, já que se trata de um excelente clube, situado numa pacata localidade que satisfaz tanto as minhas necessidades como as da minha família”, confessou.

O convite, explica, “surgiu por parte do treinador” da formação albicastrense, José Luís, que há muito acompanhava o percurso do atleta na AAUTAD/Realfut. Trata-se de um novo desafio para o atleta que iniciou a sua carreira nas divisões inferiores do futsal brasileiro e que representou por quase três épocas o emblema vila-realense.

Relativamente à rescisão, Jander garante que se decorreu “de forma amigável”. O presidente, Henrique Monteiro, compreendeu a minha situação, sabia que era uma oportunidade ímpar para mim e que a carreira de um jogador é curta demais para desperdiçarmos oportunidades como esta”, realçou.

Cada vez mais fragilizada, a AAUTAD/Realfut dispõe agora de apenas sete jogadores, uma situação que Jander acredita ter retorno. “A condição da AAUTAD/Realfut é semelhante à de muitas equipas em Portugal. A falta de apoios tem consequências e reflecte-se no fim-de-semana desportivo, assim como na tabela classificativa”.

A culpa, garante, “não é unicamente de Edinho”, mas sim de todo um conjunto de factores que levaram a esta situação. “Em relação ao Edinho não tenho nada a apontar. É um grande treinador e foi graças a ele que vim para Portugal. Agora é difícil trabalhar com um número reduzido de atletas como sucedeu no início da temporada. Alguns estavam lesionados outros castigados e ainda tínhamos jogadores cujos vistos internacionais não chegavam. Para agravar, ainda tive que jogar numa posição mais recuada, que não me era confortável. Passamos um mau bocado, mas espero sinceramente que esta a crise chegue rapidamente ao fim.”

Contudo, Jander está agradecido pelos momentos que passou em Vila Real, uma cidade acolhedora onde fez muitos amigos e que, de certo, “deixará saudade”.

FR

1 comentários:

Nuno Perdigão - Vila Pouca de Aguiar disse...

Além de grande jogador um grande homem.
De uma humildade, simplicidade e honestidade ímpar.
Sempre deu tudo em prol da instituição e dos amigos.
Boa sorte para esta nova etapa, pois tens muita qualidade e mereces.
Um forte abraço

12 de janeiro de 2010 às 13:51