4 de setembro de 2009

GD Chaves - Corte nos gastos com formação juvenil provoca demissões

Presidente do Chaves diz que despesas com sector são incomportáveis

Grande parte dos elementos que faziam parte do Departamento de Futebol Juvenil do Grupo Desportivo de Chaves (GDC) demitiu-se. Alguns alegaram questões pessoais e profissionais, no entanto, sabe-se que na origem da decisão estará o facto de discordarem com o corte nos gastos com este sector que a direcção do desportivo quer fazer.

Mário Carneiro, alega, no entanto, que as despesas com esta área são incomportáveis e admite desafiar os pais dos jovens a ajudarem na despesa com a formação.
O departamento do GDC para o sector do Futebol Juvenil, que é responsável por todos os escalões de formação de futebol (escolas, infantis, iniciados, juvenis e juniores e ainda pelo andebol e girabolei), ficou sem a maioria dos elementos que o constituíam, incluindo o chefe, o vice-presidente da direcção do Desportivo. Gilberto Costa recusou falar em nome dos que o acompanharam na demissão, e, no seu caso, alegou “questões pessoais”. “Não saio zangado com ninguém e muito menos com o presidente do Clube com quem tenho uma relação de amizade”, disse, questionado pelo motivo da saída.
Por sua vez, o presidente do GDC, Mário Carneiro, assumiu que a demissão de “50 a 60 por cento” do departamento teve a ver com a “redefinição da política de formação do clube”. “Houve uma redefinição da estratégia e alguns elementos decidiram não continuar”, admitiu Mário Carneiro, revelando que os elementos demissionários alegaram “motivos profissionais e pessoais”.
De acordo com o presidente da direcção do Chaves, as alterações feitas visam uma “racionalização de custos”. Vai, por exemplo, ser limitada a vinda de jovens de outros concelhos (Valpaços, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar), cujo transporte é assegurado pelo Clube. “Não podemos suportar esses gastos”, diz Mário Carneiro, que, na mesma lógica, pretende diminuir a equipa técnica responsável pela formação. “É uma estrutura muito pesada”, observa, revelando que irá convocar os pais de todos os jovens para lhes explicar a situação. Mário Carneiro admite, aliás, propor que os pais ajudem na despesa de formação dos filhos. “É uma hipótese. Tenho consultado vários clubes e acontece em todos: Há um contributo dos pais para a formação. Se forem para ATL´s ou para outros espaços de ocupação de tempos livres também pagam”, argumentou o presidente do Chaves, para concluir que os “subsídios da autarquia não podem valer a tudo”.

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