25 de setembro de 2009

Chaves e Flaviense chegaram a acordo e vão trabalhar a formação em conjunto

Muito se tem falado, no que diz respeito à formação, da possível fusão entre o Desportivo de Chaves e a Flaviense, mas esta, apesar de ser uma promessa antiga, já tentada por diversas direcções, nunca chegou acontecer. No entanto, mesmo sabendo das ante-riores tentativas, o actual presidente da direcção do Chaves, Mário Carneiro, acredita que estão reunidas todas as condições para que o acordo tenha sucesso.
“Para além da amizade que nos une, temos provas dadas na formação e o caminho a seguir passa precisamente por aí, para podermos, à semelhança do que já vem acontecendo, ter jogadores formados na cidade de Chaves, na equipa principal do Desportivo de Chaves”, defende Mário Carneiro, acrescentando que “ninguém vai perder a identidade e não é uma fusão que se vai fazer”. “O que vai acontecer é a realização de um protocolo com entendimento entre as duas equipas, onde a formação se divide entre as duas equipas, com o objectivo de formar jovens da terra que possam dar o seu contributo na equipa principal”.
As funções que caberão a cada organização ainda não estão definidas, mas os dois presidentes acreditam que o entendimento, havendo cedências de ambas as partes, vai ser possível.
Quando se falou das infra-estruturas, Manuel Pires Madureira fez questão de dizer que “o novo Parque Urbano Desportivo é bonito, mas é no papel”. “Se nos derem o sintético que chegou a ser prometido por esta Câmara, grande parte dos problemas da formação na cidade de Chaves fica resolvido e muito provavelmente estaria na altura de os dois clubes avançarem para uma equipa de Sub 23, onde os jovens jogadores, quando acabam a sua formação como júniores, poderem aperfeiçoar-se e mostrar o seu valor, para ver se podem ou não ingressar nos séniores do Desportivo de Chaves”, defendeu Madureira, revelando que “sempre seria melhor do que andarem a ser emprestados a clubes que ninguém acompanha e onde acabam por se perder”. “O Parque Urbano Desportivo de Chaves, realmente é muito bonito, mas custa milhões e temos de ser realistas. A Câmara, com tanta crise, não tem dinheiro”, afirmou o presidente da AD Flaviense.
Apesar do protocolo não estar ainda em prática, no Chaves, as alterações, para a época que vai começar, já se fizeram notar no Departamento de Futebol Juvenil, onde Mário Carneiro quer “racionalizar os custos”. Em conferência de impressa, na passada terça--feira, o presidente do Desportivo de Chaves, “para que não haja más interpretações”, fez questão de salientar: “Não vamos cortar, mas vamos pedir contribuição aos pais. À semelhança do que acontece noutros clubes e até mesmo com os séniores deste clube, vamos pôr como exigência que todos os atletas sejam sócios do clube”.
A grande novidade do departamento juvenil passa mesmo pela compra de kits que, segundo Mário Carneiro, passam a estar disponíveis para todos os escalões de formação e a preços mais reduzidos que no passado.
“São muitos os jovem que jogam no desportivo de Chaves e gostavam de ter um equipamento como recordação e esta é a oportunidade. Tal como já acontecia com os Flabitos, o clube vai propor aos pais a compra de um kit com saco, meias, calções, camisola, com o nome e o número do atleta gravado, fato de treino e pólo de saída, por apenas 65 euros”, explicou Mário Carneiro.
Por: Paulo Silva Reis

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