15 de maio de 2010

GD Chaves: Bamba decide futuro no Jamor

É um dos indiscutíveis do Chaves e em Portugal não conheceu outro clube. Bamba é médio, foi internacional pela Costa do Marfim e ingressou nos flavienses ainda nas camadas jovens. No Jamor, não quer deixar mal quem o acolheu e diz-se pronto para fazer história.

Siaka Bamba é um nome que pode soar estranho aos ouvidos portugueses. Mas, entre os adeptos do Chaves, é bem popular. Bamba é costa-marfinense e veste a camisola do Desportivo desde os 16 anos.

No campo, é médio-centro e tem um raio de acção alargado. Nos tempos livres, os horizontes são ainda mais vastos. A playstation leva-o até aos melhores estádios do Mundo. E, como sonhar (ainda) não paga imposto, vai preparando o remate à baliza portista. "Posso marcar ao Beto! Por que não? Tudo é possível", adianta, sorridente e esperançado, ao JN. Por estes dias, o clube vive o frenesim próprio das vésperas de uma final, mas Bamba ainda tem fresca na memória a descida de divisão, registada no sábado. "Foi um dia triste. Correu-nos tão mal...", lamenta o centrocampista, ainda assim convicto de que "a Taça é diferente do Campeonato" e que, por via disso, o Chaves não entrará complexado no Jamor.

Escusado será dizer que para este africano, de 20 anos, a oportunidade de pisar o relvado do Estádio Nacional é o "concretizar de um sonho". Apesar de ter chegado a Trás-os-Montes proveniente da equipa de amadores do Dammarie, de França, Siaka Bamba já passou pelas selecções jovens da Costa do Marfim. Pelos "elefantes", defendeu o seu país num Mundial sub-16 e tomou parte num torneio em Itália. Hoje, é certo, não faz parte do grupo de elite, onde pontificam Drogba e companhia, mas, por ser uma montra, o Chaves - FC Porto pode melhorar a sua vida. Tem contrato por mais uma época e foi falado como hipótese para o Guimarães. Todavia, assegura que ninguém o abordou. O flaviense tem dificuldade em eleger um médio como modelo. No entanto, inclina-se para o conterrâneo Yaya Toure, do Barcelona. Ter uma "boa leitura de jogo" é uma premissa imprescindível e um dos mandamentos a seguir no Jamor. "O FC Porto é favorito e merece o nosso respeito, mas o futebol é uma caixinha de surpresas", sublinha, pouco dado a palpites. "O resultado? Falamos no final do jogo...", soltou, motivado e sem receios.

In: jn.pt