14 de agosto de 2009

SC Mirandela
Haitianos estão em fuga

Mechak e Guensly, dois jovens internacionais haitianos, que assinaram por quatro temporadas pelo Desportivo de Chaves, não terão gostado de terem sido emprestados ao Mirandela, da III Divisão Série A, e, sem nada comunicar, desapareceram.

Neste regresso do Desportivo de Chaves aos campeonatos profissionais, e numa clara aposta no futuro, os responsáveis do clube contrataram um defesa-central e um médio-ofensivo, ambos de 19 anos e internacionais pelo Haiti.

Mechak Jerome jogava no Baltimore como defesa-central e Guensly Júnior Joseph era médio-ofensivo do mesmo clube. Os dois jovens atletas, naturais de Sant-Marc, no Haiti, iniciaram treinos à experiência sob o comando de Ricardo Formosinho e, como agradaram, celebraram com os flavienses um vínculo por quatro temporadas.

Entretanto, no âmbito de um protocolo firmado entre o Chaves e o Mirandela, para cedência de jogadores, os dois atletas, que chegaram a Portugal no final do mês de Junho, foram ali colocados para rodarem, mas, ao que parece, não gostaram e já desapareceram de Trás-os-Montes. Mechak e Guensly, apesar de terem um vínculo com o Desportivo de Chaves por quatro anos e de até já terem sido inscritos pelo Mirandela na Federação Portuguesa de Futebol, deixaram de comparecer aos treinos na passada semana. Ao que conseguimos apurar, estarão nos Estados Unidos.

O empréstimo foi uma dura machadada nos sonhos dos jovens internacionais haitianos. A ideia, segundo os responsáveis do Desportivo de Chaves, era facilitar a adaptação dos atletas, mais habituados a climas tropicais e a um nível de futebol diferente. A carreira, tal como confirmou o próprio presidente do GDC, Luís Mário Carneiro, seria acompanhada pelo técnico-adjunto do Desportivo de Chaves Diamantino Brás, que tem sido o anfitrião dos jogadores haitianos que chegam a Portugal (Petersson no Braga e Jean Sony no Leixões).

O presidente do Chaves não tem explicação para tal acto e o empresário Agostinho Freitas, que representa os jogadores, foi também apanhado de surpresa.

Em termos desportivos, estes dois internacionais haitianos não podem jogar futebol em nenhum clube, pois os seus contratos estão autenticados e até deram entrada na Federação.

Paulo Silva Reis em www.semanariotransmontano.com

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