5 de novembro de 2009

Liga de Futebol Amador de Vila Real
Desporto de alto nível a um preço reduzido

Com início no ano de 2003, a Liga de Futebol Amador de Vila Real (LFAVR), assim intitulada, foi fundada por António Lapa, um amante da modalidade, natural do Couto, Adoufe, que desde então tem vindo a dinamizar esta competição “à margem” das associações destinadas para o efeito.

As razões para a criação desta “liga” foram simples, o preço para a inscrição de jogadores era cada vez mais alto, e insuportável para quem apenas queria praticar futebol por afeição à modalidade. “Na altura tínhamos algumas equipas do Couto nos campeonatos da AFVR, nomeadamente nos escalões de infantis e iniciados, mas quando pensamos em formar uma equipa de juvenis, o gasto era muito superior e, naturalmente, acabamos por desistir. A ideia de criar uma liga que não implicasse custos indesejados surgiu, portanto, nesse ano, e foi aí que sugeri o nome de Liga de Futebol Amador de Vila Real, sendo aceite pelas associações desportivas adjacentes ao projecto”, referiu o entusiasta que se intitula como o “pai” da liga amadora vila-realense.

Além dos custos inerentes à modalidade serem mínimos, esta liga amadora pode funcionar, igualmente, como uma fase de preparação para clubes que pretendam, no ano subsequente, pertencer aos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Vila Real. Um exemplo do que sucedeu com o clube de Sabrosa, ADC Fernão Magalhães. “É um facto que alguns clubes que fazem sucesso na liga amadora, estejam preparados para outros voos, até porque o nosso campeonato é amador apenas de nome, isto porque possui um grande nível competitivo. Porém, é mais comum verificar-se o inverso, ou seja, clubes com pergaminhos nos campeonatos profissionais, acabam por desistir da competição, e passam a formar equipa na Liga de Futebol Amador de Vila Real”, destacou António Lapa.

Com a crise a aumentar, é natural que alguns clubes deixem de investir no futebol, o que pode levar ao abandono de instalações desportivas, todavia, a LFAVR também tem a função de revitalizar esses espaços, reaproveitando-os para a prática desportiva.

O caso dos árbitros merece ainda especial atenção no contexto da “liga”, isto porque, quando não há infra-estruturas de qualidade nem forças de segurança para controlar a “ira” da massa adepta, os “senhores do apito” ficam vulneráveis a qualquer ataque de fúria. Contudo, não se registou, ainda, qualquer incidente com consequências de maior, à excepção de alguns jogos interrompidos ou outros que nem tiveram início.

“É complicado, ano após ano, angariar árbitros para apitar na LFAVR, mesmo com os incentivos que recebem, e que são suportados pelos clubes associados. No ano passado ainda conseguimos formar uma espécie de conselho de arbitragem, com cinco equipas, mas este ano algumas desistiram e tem sido impossível realizar todos os jogos. A solução que encontramos, fruto de um consenso entre os clubes, passa por garantirmos o árbitro quando formos a equipa visitada, e angariar os assistentes quando nos deslocarmos a outros campos”, declarou.

A publicidade pode ser uma fonte de rendimento quando os fundos escasseiam, não só usada nas camisolas ou em instalações, mas também aproveitada para o blog que possuem (ligadefutebolamadordevilareal.blogspot.com), onde publicam vídeos e resumos de jogos, num projecto denominado de "Liga TV”. Infelizmente, não tem havido muitos interessados, e apenas negócios locais são promovidos, em troca de valores simbólicos.

FR ( www.noticiasdevilareal.com)

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