12 de abril de 2010

Alijoense 1-2 Vidago
Divisão Honra AFVR - 27ª Jornada

Nacho Resolve!.....

O resultado alcançado em Alijó revela bem o espírito deste Vidago, que após ter sido injustamente afastado da final da Taça da AFVR, continua a acreditar até ao fim. Na verdade, só uma equipa com um coração muito grande podia vencer um jogo num terreno onde muito poucos conseguiram pontuar, e que durante toda a partida mostrou um excelente futebol. A reviravolta final teve o condão de castigar os locais e premiar um jogo de paciência dos Albi-Negros que acabaram, justamente, por trazer os 3 pontos para Vidago.

O certo é que o primeiro quarto-de-hora foi bastante diferente do filme deste jogo isto porque teve duas equipas empenhadas na procura do golo tendo a particularidade de o Vidago criar as duas primeiras ocasiões (uma delas deu mesmo em golo, e que golo). Pedro Adão na sua intermediária, com um passe de grande nível, isola Diop que só com Gato pela frente não desperdiça e coloca os Albi-Negros a vencer por uma bola a zero. O cronómetro assinalava apenas o minuto 8 de jogo.

Mas o golo obtido pelos Vidaguenses, teve pronta resposta dos homens da casa que, logo de seguida, estiveram a milímetros de alvejar as redes de Cabreca, como ficou demonstrado aos 15 minutos de jogo quando um canto de Amaral coloca a bola na cabeça de Rivaldo que cabeceou, à vontade, mas com a bola a passar a rasar o travessão da baliza Vidaguense.

Aos 30 minutos surgiu o melhor lance do Alijoense no primeiro período: Pedro Alves surge embalado após combinação com um colega seu e à entrada da área dispara sem qualquer hipótese para o guarda-redes Cabreca.


Um golo que colocou os da casa outra vez no jogo mas, tal como anteriormente, teve pronta resposta por parte do Vidago desta vez com Eduardo que inexplicavelmente falhou uma soberana oportunidade para colocar novamente a sua equipa em vantagem no marcador. Rápida jogada de contra ataque, o avançado Albi-Negro isola-se e só com o guarda-redes pela frente permite que este lhe roube a bola e desperdiça uma grande oportunidade.


A anteceder esta oportunidade do Vidago, também Rivaldo não soube aproveitar uma oferta do auxiliar de Iancu Vasilica que deixa passar um claro fora de jogo que permitiu que o avançado da casa ficasse só com Cabreca mas com o guardião Vidaguense a levar a melhor.

Depois desta boa fase da partida, Júlio Batista optou por recuar as suas linhas e deu a iniciativa total aos homens da casa que, com mais posse de bola, tentavam desequilibrar o bem montado esquema que lhe surgia pela frente mas o intervalo acabaria por chegar com uma igualdade no marcador e diga-se que pelo que os dois conjuntos tinham produzido nestes primeiros 45 minutos se aceitava.

Muita gente pela frente não resolveu nada

Veio a 2ª parte e com ela as dificuldades dos comandados de Mário André para entrarem no último reduto adversário que, com muita disciplina e rigor, não davam grandes veleidades ao adversário e com frequência partiam em contra ataques rápidos e venenosos.


O treinador do Alijoense não estava a gostar do que via e ao minuto 56 faz as primeiras duas alterações sai Patrik lesionado que dá o seu lugar a Luís Silva e Rivaldo cede o seu lugar a Kostadinov. Mas, a controlar o jogo como controlava, seria uma questão de tempo até o Vidago chegar ao golo.


A equipa da casa, nesta fase do encontro não conseguiu sacudir a pressão dos Albi-Negros e os maus passes originavam que os seus homens discutissem muito entre eles e com as decisões da equipa de arbitragem.

Durante algum período, o jogo passou por alguma acalmia e lá se foi vendo uma ou outra jogada com cabeça, tronco e membros tanto numa como noutra baliza até que, á passagem do minuto 66 e já numa fase em que eram os Albi-Negros que comandavam na partida, em mais um contra ataque venenoso Nacho foge aos seus adversários, isola-se e só com Gato pela frente, com grande tranquilidade contorna o guardião da casa e empurra abola para o fundo das redes.

Pela segunda vez neste encontro os Albi-Negros estavam por cima no placard posição que já não abandonariam até ao apito final de Iancu Vasilioca.

Os Albi-Negros tiveram de seguida um período em que pouco conseguiram ligar o seu jogo ofensivo e Júlio Batista aproveita para colocar no terreno de jogo as duas únicas opções de que dispunha ao minuto 70 Castelo entra para o lugar de Diop e logo de seguida André Veras rende Eduardo.

Com oxigénio renovado, o Vidago voltava a empurrar o adversário para o seu último reduto e as dificuldades do Alijoense começaram a aumentar com as arrancadas de Castelo e os dribles de Guillaume que só em falta eram travadas e por várias vezes não assinaladas. Mas, ao minuto 86 o sector mais recuado dos Albi-Negro, permitiram que com alguma facilidade o Alijoense se acercasse da sua baliza e, Kostadinov teve nos pés a melhor oportunidade do jogo e opção para empatar a partida mas, incrivelmente, e desta feita com sorte para os visitantes o avançado da casa consegue fazer o mais difícil em cima da linha de golo consegue rematar por cima da trave da baliza de Cabreca. Podemos garantir que este foi um remate de dificuldade muito elevada.

O jogo aproximava-se do seu términos e o Vidago tinha o seu adversário completamente á sua mercê tal como um pugilista que está á beira do knock-out, e até ao apito final de Iancu Vasilica os Albi-Negros geriram da melhor forma os minutos que restavam e assim arrecadarem os três pontos em disputa.

Por: Augusto Oliveira

Ficha de Jogo


Estádio Delfim Magalhães
Árbitro: Iancu Vasilica
Auxiliado por: Ruben Clemente e Manuel Gonçalves


Alijoense: Gato, Fraguito, Ferraz, Guilherme, ( Fábio aos 70’) Pedro Alves, (Marco aos 56’) Rivaldo, Luís Silva, Patrik, ( Amaral aos 56’) Durval, Vítor Pegarinhos, Luís Pereira.
Treinador: Mário André

Vidago : Cabreca, Márcio, Nuno, Hélio e Daniel, Nacho Pedro Adão e Portal, Eduardo, André Veras aos 79’) Diop (Castelo aos 70’) e Guillaume.
Treinador: Júlio Batista

Golos: Diop (11’ ), Ferraz (30’) e Nacho (66´).